MEU BAIRRO
este é um blog dirigido aos amantes da natureza
terça-feira, 27 de setembro de 2011
FOGO NA NATUREZA
TODO ANO É A MESMA COISA, FOGO NO PICO DO JARAGUÁ, CHEGA A ÉPOCA DO CALOR , DA PRIMAVERA E O INCÊNDIO COMEÇA, PARECE BRINCADEIRA MAS NÃO TEM UM ANO SEQUER QUE O PICO NÃO PEGOU FOGO.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
RINO MANIA EM ESCOLA DO JARAGUÁ
Em setembro, o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), localizado na capital paulista, será ponto de partida para uma mania que promete impactar o cenário cultural da cidade: a Rino Mania.
a exposição reunirá, durante um mês, 60 esculturas de rinocerontes pintadas por artistas, que participaram de uma seleção pública realizada na rede social Facebook. Foram selecionados 75 projetos dos 151 recebidos. Distribuídas em pontos estratégicos, a intenção é transformar o visual da cidade em uma savana urbana colorida, levando o inusitado da arte e sofisticação para o dia a dia da população.
Arte e educação são os princípios que movem o projeto. Ao final, ocorrerá um leilão cujos recursos serão destinados para projetos com foco em educação ambiental e preservação da vida selvagem.
a exposição reunirá, durante um mês, 60 esculturas de rinocerontes pintadas por artistas, que participaram de uma seleção pública realizada na rede social Facebook. Foram selecionados 75 projetos dos 151 recebidos. Distribuídas em pontos estratégicos, a intenção é transformar o visual da cidade em uma savana urbana colorida, levando o inusitado da arte e sofisticação para o dia a dia da população.
Arte e educação são os princípios que movem o projeto. Ao final, ocorrerá um leilão cujos recursos serão destinados para projetos com foco em educação ambiental e preservação da vida selvagem.
A grande oportunidade que este projeto gerou foi a participação de crianças de escolas da rede municipal, que puderam mostrar seus talentos artísticos, montando seus próprios rinocerontes. Uma destas escolas foi a EMEF Estação Jaraguá, onde uma turma que esbaldou com a criação de um ruminante. Estão de parabéns as crianças talentosas que participaram, a Duratex e o governo de São Paulo, por uma idéia tão criativa e divertida ao mesmo tempo!
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
UMA ESTAÇÃO NOVA NO JARAGUÁ
Após vários meses sem qualquer notícias a respeito das obras das novas estações de trem do Jaraguá e Vila Aurora, obtive novas informações sobre o andamento dos projetos.
A estação de Vila Aurora, que também fica na Linha 7 – Rubi, entre as estações de Jaraguá e Perus é a que está ‘mais adiantada’ das duas novas estações. Essa estação, que segundo constava no site da CPTM, deveria estar em operação desde o final de 2010, sofreu atrasos para a entrega devido ao não cumprimento de etapas da obra por parte do vencedor da licitação, o Consórcio Estacon-Hersa.
Com o não cumprimento, o contrato foi rescindido e assinado novamente com o segundo colocado da licitação, a Construtora Heleno Fonseca, que assumiu o valor restante da obra, de R$26 milhões, já descontando o valor executado pelo Consórcio Estacon-HersA
Agora, o novo prazo de entrega da estação Vila Aurora é para o final de 2012 e a previsão é de que a estação acrescente à linha cerca de 10 mil novos passageiros, cuja demanda diária já é de 400 mil usuários.
A acessibilidade à nova estação será algo de destaque, a exemplo das recentes estações entregues pela CPTM. Os acessos as plataformas serão por meio de escadas rolantes, fixas e elevadores. Haverá rotas táteis, comunicação em braile, sanitários públicos e para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, bilheterias blindadas, circuito fechado de TV, sistema de detecção e combate a incêndio e SSO (Sala de Supervisão Operacional), responsável pela supervisão dos sistemas da estação. A estação também terá um sistema de captação de águas pluviais para reuso. Além disso, vai dispor de bicicletário. Na parte externa, a CPTM executará trabalhos de paisagismo e adaptações nos viários de acesso.
Quanto à nova estação de trem do Jaraguá, a obra ainda não prazo definido para começar a sair do papel. A expectativa é que, se não houver nenhuma paralisação administrativa ou judiciária no processo licitatório, as obras tenham início no primeiro semestre do ano que vem.
A estação será feita vizinha à atual estação Jaraguá, que hoje é tombada pelo patrimônio público. Quando a nova estação estiver concluída, a atual será desativada. Não há, ainda, informações do destino de uso para o então imóvel tombado.
No momento, os técnicos da CPTM trabalham para concluir a documentação técnica que permitirá a publicação do edital, que está previsto para o segundo semestre. Pelo que se tem do projeto atual, a estação não contempla um estacionamento, mas assim como a estação Vila Aurora, essa deve dispor de bicicletário gratuito.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
MINHA PRIMEIRA VEZ NO PICO
TIVE O PRIVILÉGIO DE CONHECER O PICO DO JARAGUÁ ,COM UMA TURMA DE AMIGOS DA ESCOLA,ONDE EU ESTUDAVA.
ESTAVA NA QUARTA SÉRIE,A PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FISICA, CONVIDOU OS ALUNOS PARA FAZER UMA CAMINHADA NO FINAL DE SEMANA.
FOMOS NA PERNA,INFELIZMENTE O GRUPO NÃO ERA MUITO GRANDE, JUSTAMENTE POR ESTAR INCLUSO EM NOSSO PASSEIO A CAMINHADA.
ADENTRAMOS A MATA ,ESCORREGAMOS NAS PEDRAS,MAS ESCALAMOS O PICO.UMA SENSAÇÃOÚNICA PARA MIM,POIS ESTAVA ME SENTINDO UMA VITORIOSA,POR TER CHEGADO AO MONTE MAIS ALTO DO BAIRRO.
O DURO FOI O OUTRO DIA , ESTAVA TODA QUEBRADA, COM DOR NO CORPO, NAS PERNAS,MAS MUITO SATISFEITA.
ESTAVA NA QUARTA SÉRIE,A PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FISICA, CONVIDOU OS ALUNOS PARA FAZER UMA CAMINHADA NO FINAL DE SEMANA.
FOMOS NA PERNA,INFELIZMENTE O GRUPO NÃO ERA MUITO GRANDE, JUSTAMENTE POR ESTAR INCLUSO EM NOSSO PASSEIO A CAMINHADA.
ADENTRAMOS A MATA ,ESCORREGAMOS NAS PEDRAS,MAS ESCALAMOS O PICO.UMA SENSAÇÃOÚNICA PARA MIM,POIS ESTAVA ME SENTINDO UMA VITORIOSA,POR TER CHEGADO AO MONTE MAIS ALTO DO BAIRRO.
O DURO FOI O OUTRO DIA , ESTAVA TODA QUEBRADA, COM DOR NO CORPO, NAS PERNAS,MAS MUITO SATISFEITA.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
CRÔNICA NO PICO DO JARAGUÁ
Meu pai nunca entendeu que eu e minha irmã não tínhamos a mesma idade que ele. Isso não se restringia a nós nem mudou com o tempo: até hoje ele conversa com uma criança de três anos de igual para igual, o que faz com que elas o adorem, como se o tom as promovesse a outro patamar. Quando você é filho, no entanto, a coisa é um pouco mais complicada.
Era domingo e não sei por que cargas d’água meu pai resolveu nos levar ao Pico do Jaraguá. Não era o tipo de programa que fazíamos nos fins de semana -- um sim, um não -- que passávamos com ele. Íamos a restaurantes, bares, às casas de amigos dele, ao cinema ou ao teatro. Aquele, contudo, era um domingo atípico, tanto é que a Julia, minha meia irmã (filha do meu padrasto), também estava conosco.
Lembro-me de estar deitado no banco de trás da Brasília, com as pernas esticadas por cima do encosto e a cabeça pendendo entre os bancos da frente, próxima à base do freio de mão. Hoje em dia, se a polícia pára um carro e flagra uma criança nessa posição, o motorista deve perder a carta, talvez até guarda dos filhos, mas estávamos em 1984 e o mundo era outro, não se usava cinto de segurança nem protetor solar, as pessoas não andavam por aí com garrafinhas d’água, como se fosse o elixir da vida eterna, fazíamos cinzeiros de argila para os pais nas aulas de artes e o colesterol era apenas uma vaga ameaça de gente paranóica, como a CIA ou a KGB, dependendo da sua visão de mundo; de modo que eu seguia feliz, estrada acima, vendo as árvores passarem de cabeça para baixo, lá fora.
Foi a Maria, minha irmã mais nova, sentada próxima a janela da esquerda, quem deu o alarme: “Ó lá ela chupando o pinto dele!!!”. A Julia pisou na minha barriga, passou por cima de mim e também grudou a cara na janela, eu levantei correndo, mas só cheguei a tempo de ver uns vultos dentro da Variante bege parada no acostamento. A Maria jurava ter visto direitinho: o cara pelado, uma mulher chupando-lhe o pinto. Nós três começamos a pular e gritar no banco de trás, como chipanzés amotinados. “Chupando o pinto!”, “Hahahaha!”, “Chupando o pinto dele!”, repetíamos sem acreditar que havíamos passado tão próximos daquele evento inencaixável na ordem geral das coisas. A gritaria estancou de imediato quando meu pai, com a naturalidade de quem discute a situação com senhores de cinqüenta anos, perguntou: “o que é que tem?”.
Até aquele segundo, em minha vida, chupar pinto não tinha nenhuma relação com a sexualidade humana, o prazer, o afeto. A frase “chupa meu pinto!” pertencia ao terreno das ofensas, ao jargão do futebol, como “prensada é da defesa”, “gol só dentro da área”, e “vou te encher de porrada” – essa sim uma ameaça que poderia ser cumprida. Chupar o pinto era metafórico, como “cospe e sai nadando” ou “vai ver se eu estou na esquina” e jamais tinha passado por nossas cabeças (eu devia ter uns nove, a Julia oito e a Maria, sete) que alguém de fato fizesse aquilo -- e por que faria?!
“Não sei do que vocês tão rindo tanto”, continuou meu pai, sério. Eu só consegui gritar o óbvio, de pé no assento de trás, metendo o corpo entre os bancos da frente: “pai! Ela tava chupando o pinto dele!”. Meu pai abanou a cabeça. “Antonio, chupar pinto é uma coisa muito normal. E saudável. Todo casal faz isso” – ele disse, e acreditem: era só o começo. O pior, o que subverteu todo o arcabouço conceitual construído até meus nove anos, o que provavelmente faria com que fogos de artifícios fossem vistos nos dois hemisférios do meu cérebro, caso estivesse num desses aparelhos de ressonância magnética, o que, dada a intensidade, provavelmente fixou toda a história em minha cabeça, desde a posição em que me encontrava no banco da Brasília até a cor do céu, quando chegamos ao mirante, lá no alto, viria a seguir: “Normal, sim. A Juliana chupa meu pinto. A sua mãe chupa o pinto do marido dela. Sua avó chupa o pinto do seu avô. A tia Lurdes chupa o pinto do Augusto, a professora Carla chupa o pinto do Josué, ah!, os homens que namoram homens então, como o Pedrinho e o Ivan, chupam muito o pinto um do outro. Todo mundo que namora faz isso. E é muito gostoso. Não tem porque rir.”
Chegamos ao Pico do Jaraguá, descemos do carro e vimos o pôr do sol. Eu olhava a cidade lá longe e só conseguia pensar que por trás de cada janela, dentro de cada carro, debaixo de cada teto, atrás de cada porta havia pessoas que chupavam ou eram chupadas, meus pés pisavam sob um planeta onde dois bilhões e meio de seres humanos colocavam os pintos dos ouros dois bilhões e meio na boca. Talvez fosse o vento, ou a memória tenha inserido o áudio mais tarde sobre a imagem, mas o som que eu ainda ouço, lá no alto, é equivalente ao de um canudo do tamanho de um prédio puxando o último gole de um copo gigante de milk-shake: sssrrrrrrrlllllllllllluuuuuuuuurrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrp!
Na volta, ninguém falava nada. Entramos em casa correndo, com os olhos arregalados. Não tão arregalados quanto ficaram os de minha mãe, meu padrasto e mais uns dois casais de amigos, que tomavam vinho e comiam alguma coisa, quando desandamos a falar: “Mãe! Mãe! É verdade que você chupa o pinto dele?!”. “A vovó chupa o pinto do vovô?!”, “A minha avó também, pai?! A minha avó também chupa pinto?!”, “Todo mundo?! Todo mundo chupa pinto?!”. “Mãe, mãe, quando eu crescer eu também vou ter que chupar pinto?!”. “Com que idade?! Com que idade começa a chupar pinto, pai?!”.
A última cena de que me lembro nesse dia é vista do alto da escada, de onde eu estava bisbilhotando, já de pijama. Havia taças vazias e pratos sujos na mesa, os casais tinham ido embora. “Mas será que você não entende? Eles são crianças!”, dizia minha mãe ao meu pai, pelo telefone, aparentando mais cansaço do que raiva na voz. Não lembro com que sonhei naquela noite.
Era domingo e não sei por que cargas d’água meu pai resolveu nos levar ao Pico do Jaraguá. Não era o tipo de programa que fazíamos nos fins de semana -- um sim, um não -- que passávamos com ele. Íamos a restaurantes, bares, às casas de amigos dele, ao cinema ou ao teatro. Aquele, contudo, era um domingo atípico, tanto é que a Julia, minha meia irmã (filha do meu padrasto), também estava conosco.
Lembro-me de estar deitado no banco de trás da Brasília, com as pernas esticadas por cima do encosto e a cabeça pendendo entre os bancos da frente, próxima à base do freio de mão. Hoje em dia, se a polícia pára um carro e flagra uma criança nessa posição, o motorista deve perder a carta, talvez até guarda dos filhos, mas estávamos em 1984 e o mundo era outro, não se usava cinto de segurança nem protetor solar, as pessoas não andavam por aí com garrafinhas d’água, como se fosse o elixir da vida eterna, fazíamos cinzeiros de argila para os pais nas aulas de artes e o colesterol era apenas uma vaga ameaça de gente paranóica, como a CIA ou a KGB, dependendo da sua visão de mundo; de modo que eu seguia feliz, estrada acima, vendo as árvores passarem de cabeça para baixo, lá fora.
Foi a Maria, minha irmã mais nova, sentada próxima a janela da esquerda, quem deu o alarme: “Ó lá ela chupando o pinto dele!!!”. A Julia pisou na minha barriga, passou por cima de mim e também grudou a cara na janela, eu levantei correndo, mas só cheguei a tempo de ver uns vultos dentro da Variante bege parada no acostamento. A Maria jurava ter visto direitinho: o cara pelado, uma mulher chupando-lhe o pinto. Nós três começamos a pular e gritar no banco de trás, como chipanzés amotinados. “Chupando o pinto!”, “Hahahaha!”, “Chupando o pinto dele!”, repetíamos sem acreditar que havíamos passado tão próximos daquele evento inencaixável na ordem geral das coisas. A gritaria estancou de imediato quando meu pai, com a naturalidade de quem discute a situação com senhores de cinqüenta anos, perguntou: “o que é que tem?”.
Até aquele segundo, em minha vida, chupar pinto não tinha nenhuma relação com a sexualidade humana, o prazer, o afeto. A frase “chupa meu pinto!” pertencia ao terreno das ofensas, ao jargão do futebol, como “prensada é da defesa”, “gol só dentro da área”, e “vou te encher de porrada” – essa sim uma ameaça que poderia ser cumprida. Chupar o pinto era metafórico, como “cospe e sai nadando” ou “vai ver se eu estou na esquina” e jamais tinha passado por nossas cabeças (eu devia ter uns nove, a Julia oito e a Maria, sete) que alguém de fato fizesse aquilo -- e por que faria?!
“Não sei do que vocês tão rindo tanto”, continuou meu pai, sério. Eu só consegui gritar o óbvio, de pé no assento de trás, metendo o corpo entre os bancos da frente: “pai! Ela tava chupando o pinto dele!”. Meu pai abanou a cabeça. “Antonio, chupar pinto é uma coisa muito normal. E saudável. Todo casal faz isso” – ele disse, e acreditem: era só o começo. O pior, o que subverteu todo o arcabouço conceitual construído até meus nove anos, o que provavelmente faria com que fogos de artifícios fossem vistos nos dois hemisférios do meu cérebro, caso estivesse num desses aparelhos de ressonância magnética, o que, dada a intensidade, provavelmente fixou toda a história em minha cabeça, desde a posição em que me encontrava no banco da Brasília até a cor do céu, quando chegamos ao mirante, lá no alto, viria a seguir: “Normal, sim. A Juliana chupa meu pinto. A sua mãe chupa o pinto do marido dela. Sua avó chupa o pinto do seu avô. A tia Lurdes chupa o pinto do Augusto, a professora Carla chupa o pinto do Josué, ah!, os homens que namoram homens então, como o Pedrinho e o Ivan, chupam muito o pinto um do outro. Todo mundo que namora faz isso. E é muito gostoso. Não tem porque rir.”
Chegamos ao Pico do Jaraguá, descemos do carro e vimos o pôr do sol. Eu olhava a cidade lá longe e só conseguia pensar que por trás de cada janela, dentro de cada carro, debaixo de cada teto, atrás de cada porta havia pessoas que chupavam ou eram chupadas, meus pés pisavam sob um planeta onde dois bilhões e meio de seres humanos colocavam os pintos dos ouros dois bilhões e meio na boca. Talvez fosse o vento, ou a memória tenha inserido o áudio mais tarde sobre a imagem, mas o som que eu ainda ouço, lá no alto, é equivalente ao de um canudo do tamanho de um prédio puxando o último gole de um copo gigante de milk-shake: sssrrrrrrrlllllllllllluuuuuuuuurrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrp!
Na volta, ninguém falava nada. Entramos em casa correndo, com os olhos arregalados. Não tão arregalados quanto ficaram os de minha mãe, meu padrasto e mais uns dois casais de amigos, que tomavam vinho e comiam alguma coisa, quando desandamos a falar: “Mãe! Mãe! É verdade que você chupa o pinto dele?!”. “A vovó chupa o pinto do vovô?!”, “A minha avó também, pai?! A minha avó também chupa pinto?!”, “Todo mundo?! Todo mundo chupa pinto?!”. “Mãe, mãe, quando eu crescer eu também vou ter que chupar pinto?!”. “Com que idade?! Com que idade começa a chupar pinto, pai?!”.
A última cena de que me lembro nesse dia é vista do alto da escada, de onde eu estava bisbilhotando, já de pijama. Havia taças vazias e pratos sujos na mesa, os casais tinham ido embora. “Mas será que você não entende? Eles são crianças!”, dizia minha mãe ao meu pai, pelo telefone, aparentando mais cansaço do que raiva na voz. Não lembro com que sonhei naquela noite.
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